quinta-feira, 25 de maio de 2017

PROCURA-SE PRESIDENTE. MAS, VALE MESMO A PENA ENCONTRAR?

Certos janotas estão empenhados demais em puxarem o tapete do presidente Michel Temer, mas há entusiasmo de menos nas ruas pelos nomes cogitados para completarem o atual mandato. 

Fala-se em Álvaro Dias, Carmem Lúcia, Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin, Gilmar Mendes, Henrique Meirelles, Nelson Jobim, Rodrigo Maia e Tasso Jereissati. Tenho a impressão de que, após não se formar um consenso em torno de nenhum dos outros, acabaria prevalecendo o sábio ancião da República, benquisto pelas elites, mas que pareceria ao cidadão comum mais do mesmo.

Já que as soluções ortodoxas não estão empolgando o povo brasileiro, que tal pensarmos nas heterodoxas?

Devolvermos o poder aos portugueses? Eles são burros, mas nem tanto. Agora que começam timidamente a superar a crise econômica, tudo de que não precisam é atrelarem seu destino ao de um país que deveria ser socialista mas não quer e tenta ser capitalista mas não consegue.  

Confiarmos nosso destino a Deus? O risco seria Ele achar que isto aqui não tem mais jeito e decidir que os préstimos do Noé serão novamente necessários.
Cardozo está tentando ser o 5º cavaleiro do apocalipse?

Restaurarmos a monarquia? Seria uma boa se tivéssemos a sinceridade de admitir que quem manda mesmo é o poder econômico e presidente da República só serve para cuidar das miudezas e garantir boquinhas para seu partido, para partidos aliados, para parentes, apaniguados, cupinchas e uma infinidade de outros parasitas. Caindo esta ficha, faria sentido colocarmos no Palácio do Planalto alguém que pelo menos desempenhasse com garbo as funções cerimoniais. Por que não Dom Luís Gastão de Orléans e Bragança? 

Empossarmos a Dilma de volta? É o que o hilário José Eduardo Cardozo tenta obter com um pedido de liminar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Pretende que, por meio de uma mera decisão monocrática, Moraes torne sem efeito toda aquela maratona de votações na Câmara Federal e no Senado supervisionada pelo próprio STF, iniciando uma batalha jurídica que, se fosse até as últimas consequências, estabeleceria o pior conflito de Poderes da nossa história republicana.

Ainda bem que ninguém sério leva o Cardozo a sério!

3 comentários:

SF disse...

"Crueldades mal feitas são as cometidas aos poucos, pois os súditos sofrem sempre e passam a acalentar o ódio".
Parece que os caras não aprendem nem com o maquiavélico mestre deles.

Por outro lado, Sartre passeava na Paris ocupada e dizia "nunca fomos tão livres"!

O erro primário de estenderem demais as reformas está gerando ódio no povo.

Isso prevê uma mudança futura radical e o desmoronamento do estado de direito.

Os que fogem da liberdade buscando compadrios ou proteção de direitos pelo (novo?) estado aderirão de imediato.

(Como hoje uma tal esquerda reformista, movida a champanhe e caviar)

Porém, os livres irão dizer a memorável frase "antes a morte do que viver deste jeito".

Lutarão a maioria como Sartre, no campo das ideias.

E serão os sobreviventes, pois a opção armada está fadada ao fracasso, como sempre.


br3 disse...

$ou por devolver o brasil aa Portugal...
Mas serve o Trump tambem...
Tudo menos o ...(melhor não..).

br3 disse...

Por que não eu? Ha há...

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