quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

O MELHOR DO ANO E O MELHOR DO SÉCULO

No topo, os maiores de todos os tempos...
Pretendia passar em branco pela escolha de Cristiano Ronaldo como o melhor jogador da temporada finda, porque nunca dei importância a prêmios que nada mais são do que ferramentas de marketing (do futebol e dos negócios que gravitam ao seu redor). Tanto quanto o Oscar, que esnobou o melhor filme de todos os tempos, Cidadão Kane, preferindo o convencional Como era verde o meu vale...

Mas, animei-me a entrar no assunto quando veio o grande Tostão e se deu ao trabalho de escrever o que, para quem sabe das coisas, é o óbvio ululante:
"Cristiano Ronaldo é o melhor do ano, e Lionel Messi, o melhor do mundo... 
A explicação para Cristiano Ronaldo ganhar o prêmio, por ter sido campeão de quase tudo, é discutível, já que o Real Madrid possui hoje mais condições de ganhar títulos que o Barcelona.  
Mesmo assim, em 2016, Messi fez mais gols e deu mais passes para gols que o atacante português. Isso mostra que não são somente os gols e passes de Messi e Cristiano Ronaldo que definem as vitórias de seus times.
...estes e outros craques vêm depois.
O Real Madrid está superior ao Barcelona porque marca melhor no meio-campo, pelo posicionamento e pelo número de jogadores, faz mais gols em jogadas aéreas e, principalmente, por ter melhores reservas. 
Por não ter um bom substituto para Messi, Neymar e Suárez, o Barcelona poupa menos os três, o que gera mais riscos de contusões, mais cansaço e menos regularidade nas atuações".
Só me resta acrescentar que não há termo de comparação entre o maior gênio do século atual, capaz de pensar o jogo e de executar várias funções em campo com a mesma maestria (bem como de marcar gols maravilhosos em jogadas de extrema dificuldade), com um atacante que só se sobressai na conclusão das jogadas (na finalização e no último passe). 

Um é artista, o outro é atleta. Um é exímio driblador, o outro um ótimo cabeceador. Um é polivalente, o outro especialista. Um tem um acervo praticamente ilimitado e está sempre agregando novas habilidades, o outro apenas faz um pouco melhor o que tantos e tantos já fizeram antes dele. 

Messi cinco vezes premiado e Cristiano, quatro? Ridículo! Para traduzir em números a diferença qualitativa entre ambos, a proporção correta não seria 5x4, mas sim 8x1.

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