quarta-feira, 27 de julho de 2016

MAIS UM MATARAZZO NA VIDA DA MARTA SUPLICY; ESTE VEIO DO NINHO TUCANO.

Depois da foto do Lula com o Maluf, nada mais nos choca...
Marta Teresa Smith de Vasconcellos dificilmente se tornaria personagem notória da política se não tivesse casado com um Matarazzo, o Eduardo Suplicy. Alguém já ouviu falar nos barões de Vasconcellos, rebentos menores da velha nobreza lusitana? Quase ninguém...

O sobrenome Suplicy lhe facilitou a carreira de sexóloga de TV e, mais ainda, o primeiro passo verdadeiramente importante na trajetória política, dado em 2000, quando se elegeu prefeita de São Paulo. 

Mal acabava de ser proclamada sua vitória nas urnas, comunicou ao eleitorado que já não era esposa de quem, estoica e abnegadamente, fora seu maior cabo eleitoral. Os que votaram na senhora Suplicy haviam eleito a senhora Favre. Estelionato eleitoral não é exclusividade da Dilma...
Senadora insignificante, uma nova derrota a tornará invisível.

Sua gestão teve como cartão de visitas os CEU's, plagiados dos CIEP's do Brizola. E como principal foco de impopularidade as taxas por ela introduzidas (como a de lixo e a de iluminação pública), enfurecendo tanto os contribuintes que eles a apelidaram de Martaxa.

Até hoje tal rótulo é lembrado, assim como o episódio do "relaxa e goza" (conselho que ela deu aos indignados passageiros de voos que atrasavam quando de sua gestão como ministra do Turismo); e seu destempero arrogante, como prefeita, quando uma pobre comerciante se queixava de que tivera sua loja inundada pelas enchentes.

Não conseguiu eleger-se governadora, nem mesmo voltar à Prefeitura, mas fará nova tentativa em outubro. E terá desta vez como talismã outro Matarazzo, o vice Andrea, de quem era inimiga fidagal quando ele fazia carreira nas hostes tucanas (filiou-se no século passado e se desligou em março último, pois sonhava com a prefeitura e sabia que o PSDB não o escolheria como candidato).
Foi gafe comparável ao "estupra mas não mata" do Maluf

Disparidades ideológicas à parte –quem liga para elas na política oficial?– é, no mínimo, pitoresco ter aparecido na vida dela outro herdeiro da família que iniciou a industrialização de São Paulo.

É de supor-se que, alertado pelos antecedentes, o tal Andrea saberá evitar desditas como a do nosso bom Eduardo e a do vice anterior, Hélio Bicudo (que Marta e seus cupinchas no PT tanto hostilizaram porque, assumindo a prefeitura quando ela se desincompatibilizou para disputar o governo do Estado, provou ser um prefeito infinitamente melhor). 

Um comentário:

Vitorio Malatesta disse...

A conta de energia elétrica de casa de todo mês traz o acréscimo o valor de R$ 9,32, com explicação que se trata da Lei 13.479/02.

Essa lei, de dezembro de 2002, foi o presente de Marta Suplicy para taxar a população referente a iluminação pública.

Marta Suplicy foi muito democrática com essa lei. O valor de R$ 9,32 é o mesmo tanto para os barracos como para as mansões que ocupam alguns milhares de m2.

E pior, taxou até quem morava em ruas não iluminadas. Instituiu também a taxa de lixo que vinha nos carnê do IPTU. Esta última foi derrubada na Justiça.

Estando o PT no governo municipal, o pessoal da burocracia do partido fica sempre distante do povo [em sua maioria].

Com os gordos cargos comissionados não sabe mais nem chegar num bar ou padaria e pedir um café de coador.
Acham que mudaram de status. Não pedem mais pão com manteira e sim "croissant". Tornaram-se insensíveis ao cotidiano dos pobres que dizem representar.

Exemplo dessa insensibilidade foi o aumento de 700% nos ingressos das salas de cinema do Centro Cultural São paulo e Galeria Olido, como já noticiado aqui por um leitor do blog.

Salas estas frequentadas por muitas pessoas de baixos rendimentos. O pessoal burocrático que cuida do setor nem frequentam essas salas. Imagine.

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