terça-feira, 22 de março de 2016

EM 2005, O NOVO MINISTRO DA JUSTIÇA FORA ACUSADO POR DELEGADOS DA PF DE SABOTAR AS INVESTIGAÇÕES DO MENSALÃO.

Classifiquei de "desastrosa" uma entrevista concedida na semana passada pelo novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, a quem tratei como "desconhecido" (vide aqui).

Desastrosa foi, sem dúvida; anunciar que puniria qualquer vazamento de informações por parte da Polícia Federal trocando a equipe inteira, mesmo sem ter prova da culpa de cada um dos seus integrantes, simplesmente mostrou sua incompatibilidade com o cargo, com a Constituição e com a democracia. Se pertencesse a um governo de verdade, teria sido exonerado no ato.

Errei, contudo, quanto a ele ser desconhecido. A PF o conhece muito bem, como se depreende deste relato do repórter Leandro Colon, duas vezes agraciado com o Prêmio Esso de Jornalismo:
"São antigas as diferenças dele com setores da PF. 
Na época da investigação do mensalão, delegados acusaram o hoje ministro do governo Dilma de ter agido para barrar a transferência de documentos dos EUA para o Brasil. 
Segundo relatório da polícia daquele período, Aragão teria atuado, como subprocurador da República, para travar a remessa de papéis descobertos pelas autoridades americanas, sobretudo em relação a Duda Mendonça, marqueteiro da campanha do ex-presidente Lula em 2002. 
Setores da PF apontaram uma suposta parceria dele com Wanine Santana Lima, então coordenadora do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, órgão do Ministério da Justiça. 
'O subprocurador-geral da República, Eugênio Aragão, atuou em conjunto com Wanine Lima para influenciar as autoridades dos EUA a não repassar a documentação à PF', disse relatório policial (...) de novembro de 2005".

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