sexta-feira, 12 de junho de 2015

O BLOGUE HOMENAGEIA CHRISTOPHER LEE: EM CARTAZ, "O SORO MALDITO".

Após quase sete décadas de carreira, tendo atuado em mais de 200 filmes, Christopher Lee morreu aos 93 anos, levando desvantagem em relação a seu personagem mais famoso: não será, como Drácula, ressuscitado por algum discípulo conhecedor do ritual correto de magia negra.

Mas, vai continuar vivendo na lembrança dos aficionados dos filmes de terror como um dos maiores atores característicos do gênero em todos os tempos. É nas produções das companhias britânicas Hammer e Amicus que ele teve seus melhores momentos, não como vilão do 007, do Senhor dos Anéis ou de Guerra nas Estrelas.

Lembro-me da fascinação que me provocaram os anúncios de jornal de O vampiro da noite (d. Terence Fiscer, 1958), sua primeira interpretação do conde vampiro concebido por Bram Stoker. Chegava a recortá-los, para colar em cartazes que eu criava, na ingenuidade dos meus sete anos.

Não tive a sorte de o filme ser exibido no pulgueiro mais próximo de casa, que me deixava entrar em sessões proibidas para minha idade, nem de assisti-lo em alguma reprise dos anos seguintes.

Então, só viria a conhecer o trabalho de Christopher Lee como Drácula no segundo filme da série da Hammer, Drácula, o príncipe das trevas (d. Terence Fisher, 1966). E, com o tempo, acabaria vendo todos os sete, no cinema ou na TV.

Lee parecia ser exatamente o que Stoker tinha em mente ao conceber seu personagem (assim como Sean Connery caiu como uma luva no papel de James Bond). Nunca consegui ver o baixote Bela Lugosi como o imponente nobre da Transilvânia que deveria personificar, afora considerar sua performance meio canastrônica. O inglês era mais contido e melhor ator do que o húngaro.

É pena que não haja no Youtube um filme mais marcante para eu homenagear Lee do que este O soro maldito (d. Stephen Weeks, 1971), mais uma variação da história do médico e o monstro. Vale pelo tour de force interpretativo de Lee e pela presença de Peter Cushing, o igualmente inesquecível Van Helsing da Hammer. 



De quebra, eis um excelente documentário de 1996, dirigido por Colin Webb, no qual Christopher Lee discorre sobre sua carreira:

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