domingo, 8 de fevereiro de 2015

PETROBRÁS: SAI SEIS, ENTRA MEIA-DÚZIA. E A SANGRIA CONTINUA.

Sai Graças Bendine (ou será Aldemir Foster?)
Sai Graças (*) Foster, entra Aldemir Bendine. O que muda? Nada.

Uma e outro têm o mesmíssimo defeito, aos olhos dos investidores nacionais e estrangeiros: a maior fidelidade ao governo do que à companhia petrolífera.

Eles sonhavam com alguém que primasse pela independência, vestindo a camisa da empresa ao invés de zelar pelos interesses do PT. Vão continuar sonhando e a Petrobrás continuará perdendo valor de mercado.

Trocar seis por meia-dúzia é a típica decisão de quem prioriza o poder, só o poder e nada mais do que o poder. Botaram um cão de guarda para tentar impedir que da caixa-preta da Petrobrás continuem saindo trunfos para a oposição requerer o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Nem que, en passant, o ícone máximo do nacionalismo tupiniquim derreta mais e mais.

Entra Aldemir Foster (ou será Graças Bendine?)
Não sou eu que vou lamentar: quero mais é que a Petrobrás e todas as produtoras e comercializadoras de petróleo do planeta sifu, antes que a humanidade sifu.  Elas cavam nossas sepulturas. Ou trocamos a matriz energética mundial, ou nada haverá para trocar adiante, pois não sobrará ninguém para contar a história. É simples assim.

Mas, não deixa de ser bizarro o papel desempenhado pelo PT, que tanto defende a Petrobrás, tanto acusa os inimigos de tentarem destruí-la, mas acaba de desperdiçar uma chance de ouro para estancar sua sangria.

A política oficial fede. E a política revolucionária praticamente saiu de cena. Triste Brasil, oh quão dessemelhante!

* é assim que tem de ser chamada a cidadã Maria das Graças Silva Foster, embora soe esquisito.

2 comentários:

marcosomag disse...

"Defender a empresa", para o "mercado", é "reduzir ativos" (leia-se entregar o Pré-Sal para os EUA), "austeridade" (leia-se acabar com o conteúdo nacional nas compras da empresas, eliminando absorção de "expertise" e milhões de empregos) e "realismo" (leia-se fatiar o que restar da Petrobrás sem Pré-Sal em unidades menores, demitir mão-de-obra altamente qualificada e levar a "realista e fatiada" Petrobrás para ser privatizada por papéis que não valem nem para limpar a bunda, como aconteceu com a Vale do Rio Doce. E esqueça de fontes renováveis de energia pois elas não são viáveis economicamente! Você conhece algum projeto solar ou eólico no mundo que se pague? Eu não.

celsolungaretti disse...

Marcos, o problema não é viabilidade econômica, o problema é a sobrevivência da humanidade. Ou mudamos a matriz energética mundial, ou não haverá século 22.

Não acredite nos cientistas a soldo da indústria automobilística e outras poluidoras: a situação é gravíssima. A seca que se abateu sobre vários estados brasileiros é só um prenúncio do que está para vir.

Só com uma grande catástrofe -- p. ex., se os tsunamis, tempestades ou furacões fizerem uma usina atômica liberar a radiatividade, como quase aconteceu no Japão--, começaremos a tomar consciência do quanto estamos ameaçados. Só que aí poderá ser tarde demais.

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