domingo, 11 de janeiro de 2015

O 1.000º GOL DE PELÉ NÃO VEIO COM TAÇA. O DE FEDERER, SIM!

Fernando Meligeni, o simpático Fininho, disse praticamente tudo que havia para se dizer no post publicado tão logo Roger Federer conquistou sua milésima vitória em partidas de simples, tornando-se o terceiro tenista a atingir tal marca na chamada Era Aberta, atrás apenas dos 1.071 triunfos de Ivan Lendl (poderá superá-lo ainda em 2015) e dos 1.253 de Jimmy Connors.

Um feito incrível daquele que é, indiscutivelmente, o maior tenista de todos os tempos, dono dos dois principais recordes desse esporte: o de número de torneios de Grand Slam vencidos (17) e o de semanas liderando o ranking da ATP (302).
Carreira longa: em 1998 já era campeão júnior de Wimbledon.

Fininho só esqueceu de dizer que, já veterano, Federer conseguiu se reinventar duas vezes, após más temporadas que davam a impressão de definitiva decadência. Impossível não recorrer ao velho clichê: ele, além de tudo, tem fibra de campeão!

Depois de reinar absoluto entre 2004 e 2008, viu chegarem com tudo Rafael Nadal e Novak Djokovic, da geração seguinte de tenistas. 

Caiu para segundo, voltou para primeiro, resistindo bravamente até junho/2010; a partir daí, parecia ter sido inapelavelmente superado por ambos. 

Contrariando os prognósticos, retomou a posição de nº 1 em julho de 2012. Canto do cisne? 

Perdeu-a em novembro e, após um 2013 horroroso, mudou o treinador, a raquete e o estilo de jogo (com a adoção do agressivo saque-e-voleio), voltando a ser competitivo em 2014.
Casal produz gêmeos aos pares...

[Isto quando quase todos já apostavam na sua aposentadoria...]

Aos 33 anos, está em 2º lugar no ranking e aproxima-se cada vez mais de Novak Djokovic, podendo se tornar o tenista mais velho da História a alcançar o topo. 

Tudo leva a crer que ainda queira atingir uma última grande meta antes de pendurar a raquete: o ouro olímpico em simples (já possui a prata em simples e o ouro em duplas). Será 2016 o seu último ano? 

Neste domingo (11), com a previsível dificuldade face à estatura e saque violentíssimo do gigante canadense Milos Raonic, sagrou-se campeão do ATP 250 de Brisbane. Ou seja, ao contrário de Pelé, comemorou seu 1.000º gol conquistando taça. É um iluminado.

Eis o ótimo texto do Meligeni: 

Inesquecível Fininho!
Talentoso
Preciso
Carismático
Inteligente
Ético
Focado
Persistente
Gênio
Família
Pai
Humilde
Preocupado com o esporte e o mundo
Generoso

Poderia ficar aqui escrevendo 1.000 elogios ao grande Roger Federer.

Simplesmente impressionante. Atleta, pessoa que fez, faz e ainda vai fazer muito pelo esporte.

Em um mundo onde poucos ajudam, quase ninguém dá exemplo positivo e a arte parece definhar, ter Federer ativo e jogando o que está jogando dá um certo alívio.

Dizer de quem ganhou, em que torneio ou quanto durou o jogo me parece uma ofensa perto do que ele acaba de fazer

Simplesmente 1.000 vitórias.

Obrigado, Roger!

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