quinta-feira, 23 de agosto de 2012

DEPOIS DA PROMISCUIDADE, O CINISMO: HADDAD RENEGA MALUF.

"Não acredito na fulanização do debate. Se cada um for ter que responder pelos outros... Você responde por você, eu respondo pela minha biografia."

A frase é do candidato do PT à Prefeitura paulistana, Fernando Haddad, evitando responsabilizar-se pela biografia (o termo mais apropriado seria ficha criminal) do seu aliado Paulo Maluf.

Haddad só responde pela própria biografia, de ministro trapalhão da Educação, que tornou o Enem um  samba do crioulo doido.

Alguém deveria lembrar-lhe uma das pérolas da sabedoria popular: virgindade perdida não se recupera.

Pessoas decentes não andam aos cafunés e abraços com aqueles que não merecem sua confiança.

Pessoas decentes não esquivam-se de defender aqueles com quem andaram aos cafunés e abraços.

Fez me lembrar um clássico da literatura: O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. Sobre o dândi que se dispôs a trocar sua alma pela  juventude e beleza eternas, conservando-se no esplendor enquanto um retrato ia se modificando no seu lugar.

Até que não conseguia mais suportar aquela visão repulsiva, na qual estavam vivamente impressas as marcas da velhice e dos deboches a que ele se entregava. 

Então, Dorian resolveu praticar o bem por alguns dias, acreditando que assim o retrato mudaria para melhor.

Quando foi ver o resultado, constatou que a imagem não só continuava sendo a de um ancião asqueroso, como ainda piorara, passando a evidenciar uma característica antes inexistente: o cinismo.

Para bom entendedor...

2 comentários:

Anônimo disse...

Ridículo o psol nomear o pt como o inimigo a ser combatido, prá isso vale até votar com a burguesia para acabar com a CMPF. To fora de psol

Paulão

celsolungaretti disse...

Companheiro,

você comete um pequeno equívoco: o que leu aqui não é a posição do PSOL, apenas a minha. Não fui designado porta-voz do partido.

E a minha posição é a de sempre: considero o PT um partido reformista, não revolucionário, com o qual algumas das posições dos revolucionários não conflitam (políticas assistenciais), mas outras sim (política econômica).

Então, continuarei apoiando o PT em determinadas questões e o combatendo em outras. P. ex., como poderei aceitar que a Dilma não cumpra a decisão da Corte de Direitos Humanos da OEA? Se ela esqueceu o passado dela, eu não esqueci o meu.

Quanto ao Haddad, considero-o MUITO PIOR do que o PT. Um candidato que não tem nada, absolutamente nada, a ver com o partido que ajudei a legalizar em 1979. Tem a cara do PT do poder, não do PT da resistência.

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