sábado, 29 de outubro de 2011

É AFRONTOSA A PRESENÇA DA REPRESSÃO NO CAMPUS DA USP!!!

Na última eleição presidencial, fui criticado no 1º turno pelos petistas, ao rechaçar a pregação antecipada do voto útil, contrapondo que o coerente seria apoiarmos inicialmente os candidatos com assumida postura anticapitalista; e pelas tendências mais sectárias da esquerda, ao destacar no 2º turno o imperativo de evitarmos o retrocesso que seria uma presidência mancomunada com a direita mais tacanha e com as  viúvas da ditadura.

Uma amostra do que poderia estar ocorrendo em escala nacional é a afrontosa presença da repressão no campus da USP, iniciada no governo de José Serra e consolidada no de Geraldo Alckmin. Trata-se da recaída numa das piores práticas da ditadura militar. 

Que falta faz um d. Paulo Evaristo Arns na plenitude de seu vigor, como estava em 1977, quando encabeçou o repúdio à invasão da PUC pelos vândalos fardados,  proferindo, então, esta frase antológica: "Na PUC só se entra prestando exame vestibular, e só se entra na PUC para ajudar o povo e não para destruir as coisas"!

Como expressão de minha indignação face à escalada repressiva tucana e do meu irrestrito apoio aos estudantes da USP, reproduzo na íntegra a nota do Movimento de Ocupação: 

"Na última quinta-feira, dia 27 de outubro, por volta das 18h, três estudantes foram abordados dentro de seu carro, pela polícia militar, no estacionamento da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Estes estudantes tiveram seus documentos confiscados e seu carro revistado por estarem, segundo a polícia, consumindo maconha.

Esta não foi a primeira vez que a PM entrou no campus para reprimir estudantes. Trata-se de mais uma demonstração da política de repressão que vem sendo imposta na Universidade pelo reitor João Grandino Rodas, investigado por corrupção pelo Ministério Público. Este reitor, que não foi eleito pela comunidade universitária, tem uma ampla ficha de repressão aos estudantes e movimentos sociais.

A repressão foi acentuada com a assinatura de um convênio (entre a reitoria da USP e a PM) que foi firmado em setembro deste ano, sem a mínima consulta à comunidade universitária. Este convênio permite a entrada ostensiva da polícia no campus e prevê a instalação de quatro bases militares no campus Butantã. Os policiais têm abordado indiscriminadamente estudantes e trabalhadores. Com isso, o Reitor tenta impor seu projeto de privatização da Universidade, que já vem se concretizando através da terceirização e a precarização do trabalho e ensino.

A abordagem da PM indignou os estudantes, que começaram a se reunir em volta dos policiais buscando impedir uma ação mais violenta contra os alunos. Mais de quinhentos estudantes se uniram para impedir a prisão dos três universitários que haviam sido abordados. A polícia continuou irredutível e chamou reforços, totalizando 15 viaturas, só no estacionamento da FFLCH. Com o aumento da força policial mais estudantes se juntaram para defender a autonomia da universidade, se posicionando contra a repressão policial.

Em um ato de protesto contra a repressão, centenas de estudantes se colocaram em frente as viaturas para evitar a detenção dos estudantes. A partir deste momento, os políciais, que estavam, em sua maioria, sem identificação pessoal, partiram para um violento confronto físico, saindo do campo das ameaças e ofensas verbais para agressões com gás lacrimogênio, spray de pimenta, bala de borracha e cassetete.

Diante da truculência da polícia, os estudantes, que se mobilizaram contra a repressão e a violência, se defenderam conforme podiam. Após três horas de tencionamento e meia hora de confronto físico, os polícias deixaram a universidade. Os estudantes não se deixaram intimidar pela violência da polícia. Após a assembleia realizada pelos mais de quinhentos presentes foi decido pela ocupação da Administração da FFLCH como forma de lutar contra a repressão na USP.

Seguiremos ocupados até que o convênio (USP- PM) seja revogado pela reitoria, proibindo a entrada da polícia militar no campus em qualquer circunstancia, bem como a garantia de autonomia nos espaços estudantis, como o Núcleo de Conciência Negra, a Moradia Retomada, o Canil_Espaço Fluxus de Cultura da USP, entre outros. Continuaremos aqui até que se retirem todos os processos crimininais e administrativos contra os estudantes, professores e funcionários".

Um comentário:

Anônimo disse...

É simplemente revoltante o autoritarismo contra os alunos da USP, o que era aquilo!!!, lembrei-me do tempo da Ditadura Militar que hoje estes mesmos militares são meros assassinos da classe pobre, negra, homosexuais!!
Até quando o povo Brasileiro vai Enxergar e Agir contra estes regimes aplicados??Estamos as voltas de novo com a Ditadura, aonde está a DEMOCRACIA tão almejada, aonde??Tenho conheçimento de estudantes todos super machucados, que é isso um novo pesadelo, meu DEUS estou as voltas dos meus tempo de faculdade, help esta não, se estou enferma piorei e pioro a cada dia vendo que tudo está voltando ou seja os grandes anos de chumbo aonde me detonaram por eu ser tambem de origem russa me detonaram só não morri por um milagre, fui por muito tempo perseguida e encurralada, interrogada até de fatos que eu mesma desconheçia.Perdi amigos e agora vejo os fatos voltando isso será o começo??Help prefiro a morte do que rever tudo o que ja passei não só vendo como participando!!
LAMENTÁVEM SENHOR GOVERNADOR, LAMENTÁVEL O POVO INTEIRO BRASILEIRO NÃO PARAR ESTE PAÍS E ACABAR, REFORMULANDO TODA BANDIDAGEM QUE ESTÁ OCORRENDO A ANOS NESTES GOVERNOS QUE SE DIZIAM DO PT E SE ELETIZARAM, QUE PENA, O POVO PREFERE O FUTEBOL, O CARNAVAL, E VIVER COM A GRANDEZA DE UM SALÁRIO PARA LÁ DE LIXO!!AONDE ESTÁ A TÃO ALMEJADA DEMOCRACIA?
VIVA OS QUE ESTÃO LUTANDO PELOS SEUS DIREITOS, AO MENOS FAZEM A DIFRENÇA´, LUTAR OUSAR E NUNCA TEMER!!!HAJA O QUE HOUVER!!!

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