sexta-feira, 23 de setembro de 2011

REPÚDIO AO "SADISMO DOENTIO DO SISTEMA PENAL-JUDICIAL DOS EUA"

Ainda sobre o assassinato legalizado de Troy Davis, o bravo companheiro Carlos Lungarzo traz algumas informações e ponderações importantes:
"Davis sofreu o sadismo doentio do sistema penal-judicial dos EUA, representado por 20 anos de espera por sua execução, enquanto todas as protestos de milhões de pessoas no planeta, e os sucessivos recursos eram ignorados.

Troy foi defendido durante anos por Anistia Internacional, e celebridades do mundo todo, incluindo o ex-presidente Carter e o Papa Bento XVI, que pediram seu indulto.

As nove testemunhas disseram inicialmente que tinham visto Troy atirando no policial, mas, vários anos depois, quando a causa foi julgada em segunda instância, sete deles reconheceram que tinham sido ameaçados e extorquidos pela polícia para depor contra Davis.

Para que o julgamento parecesse normal, o juiz e o promotor escolheram mais de metade de jurados negros, mas estes confessaram depois que, por causa da perseguição racial no Sul americano e a situação indefesa de afroamericanos pobres, eles votaram pela condenação pois se sentiam incapazes de suportar as ameaças do promotor e dos juízes contra os membros de suas famílias".
E a Anistia Internacional, à qual Lungarzo pertence, emitiu nota oficial condenando o linchamento judicial de Davis. Eis os trechos principais:
"Troy Davis, de 42 anos, que se encontrava no corredor da morte desde 1991, foi executado por injeção letal na prisão do Estado da Geórgia em Jackson, no dia 21 de Setembro, apesar das sérias dúvidas em torno da sua condenação.
No mesmo dia, o Irã enforcou publicamente um jovem de 17 anos condenado pelo homicídio de um afamado atleta, apesar das proibições internacionais de execução de adolescentes, enquanto a China executou um paquistanês condenado por tráfico de drogas apesar dos crimes de droga não se incluírem nos crimes 'mais graves' do Direito internacional.
'Este é um dia triste para os direitos humanos em todo o mundo. Ao executarem estes indivíduos, estes países estão a mover-se contra a corrente global da abolição da pena de morte', afirmou Guadalupe Marengo, Vice-diretor da Amnistia Internacional para a América.
Os ativistas da Anistia Internacional fizeram uma extensa campanha contra a pena de morte. Nos últimos dias, foram enviadas, às autoridades da Geórgia, quase um milhão de assinaturas em nome de Troy Davis, apelando para comutarem a sua sentença de morte. Foram realizadas vigílias e eventos em aproximadamente 300 locais por todo o mundo.
Troy Davis foi condenado à morte em 1991, pelo homicídio do polícia Mark Allen Macphail em Savannah, no estado da Geórgia. O caso contra Troy Davis baseou-se principalmente em declarações de testemunhas. Desde o seu julgamento em 1991, sete das nove testemunhas chave retiraram ou alteraram o seu testemunho, algumas alegando coerção policial.

A Anistia Internacional opõe-se à pena de morte em todos os casos, sem exceção.

'A pena de morte é um sintoma de uma cultura de violência e não uma solução', acrescentou Guadalupe Marengo. 'Devemos manter a esperança e as execuções angustiantes levadas a cabo no dia 21 de Setembro devam levar os membros da Amnistia Internacional e outros ativistas a quererem continuar a luta contra a pena de morte'".
Somo minha voz à da AI: sou totalmente favorável à abolição da pena de morte em todos os casos, sem exceção. Exorto meus leitores a fazerem o mesmo, ajudando a dar um fim a mais este resquício de barbárie que, para nossa imensa vergonha, perdura em pleno século 21.

Que nunca mais um inocente seja covardemente assassinado como o foi Troy Davis!

Um comentário:

Val Minillo disse...

Eles fazem o pseudo papel de polícia do mundo; porém, na realidade são os representantes luciféricos no Planeta Terra.

Dai a César o que é de César

e a Cristo o que é de Cristo.

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