segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ALEXANDRE DUMAS EXPLICA

O debate entre presidenciáveis promovido neste domingo pela Rede TV (ninguém te vê) e Folha de S. Paulo (só reaça te lê) foi bem definido por alguém como um festival de banalidades e pegadinhas, que pouco serviu para esclarecer seja lá o que for.

Os que disputam a eleição pra valer parecem os Três Mosqueteiros: não preenchem o espaço de protagonistas, por absoluta falta de carisma. Nasceram para coadjuvantes.

O único que tem luz própria, não dependendo da decoreba dos marqueteiros, é o que está lá só para marcar posição, sem chance nenhuma de vitória.

Assim como D'Artagnan nem mosqueteiro era, quando fazia proezas bem maiores que as de Athos, Porthos e Aramis.

Aliás, foi por Plínio de Arruda Sampaio ter conseguido ser muito mais interessante no twitter que Dilma, Serra e Marina no UOL que a Folha se rendeu à evidência dos fatos: é melhor tê-lo dentro, participando, do que fora, avacalhando.

E, se queres um monumento ao Brasil que a ditadura militar pariu, é só reparar que o único dos candidatos com estatura presidencial é um octogenário.

Duas décadas de devastação político-intelectual e extermínio dos opositores deram nisto: o cenário continua dominado pelos que se salvaram do incêndio, pois os formados depois são do tipo Fernando Collor e Índio da Costa.

5 comentários:

Anônimo disse...

Maurício - Santos
Não conhecer a Petrobras, na minha opinião, o desqualifica para uma disputa presidencial.Aliás sua postura em todos os debates tem sido a de palhaço.Não tem proposta, não tem argumentação, não tem base sólida para defender qualquer causa.Seu discurso é muito supreficial e generalizante.Não entendo como uma pessoa tão bem informada defende tanto esse candidato sem propostas.

celsolungaretti disse...

Porque, acompanhando com interesse a política desde a adolescência e tendo trabalhado como jornalista no Palácio dos Bandeirantes, estou careca de saber que quem cuida da rotina administrativa são os assessores.

Presidentes, governadores e prefeitos são comandantes: os auxiliares lhes apresentam o quadro da situação, as opções possíveis, etc. Aí eles decidem.

Os programas de que você fala são peças promocionais, nada além disso. Um amontoado de intenções dificilmente realizáveis. Conversa pra boi dormir.

O que conta é a capacidade de, no momento de realmente tomar as decisões, o cidadão ter ou não capacidade de analisar o assunto.

E, muito mais importante para um político revolucionário: a capacidade de traduzir em medidas imediatas o compromisso com um futuro bem diferente desse pesadelo capitalista que aí está.

Dilma, Serra e Marina só apresentaram linhas de ação DENTRO DO CAPITALISMO. São três reformistas, tão somente, propondo a atenuar as injustiças e a desumanidade, não a extirpar sua causa.

O único que se propõe a IR ALÉM DO CAPITALISMO é Plínio.

Rafael disse...

Ola Celso,
eu estava até a pouco decidido a votar no Plinio. Infelizmente ontem me surpreenderam (acima de tudo) as críticas que ele fez ao "bolsa família" e a intimidade e condescendência com que tratou o "Zé". A decepção foi grande e me confesso perdido, afinal não considero o "Bolsa Família" uma esmola como ele quis fazer parecer. Gostaria de saber qual a sua opinião?

celsolungaretti disse...

Não considero o bolsa-família irrelevante, pois, para quem o recebe, frequentemente chega a ser uma tábua de salvação.

Mas, se você levar em conta o tamanho da dívida social, é uma esmola, sim.

O nosso povo merece muito, muitíssimo mais.

Abs.

Haroldo Mourão Cunha / São Gonçalo / RJ. disse...

Sobre o Bolsa Família: uma longa caminhada, começa pelo primeiro passo. Não acho que nossa caminhada seja longa, mas está no começo!!

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