quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O QUE É O CAPITALISMO?

Esta é a imagem que o capitalismo projeta de si próprio:
"A Lima Araújo é uma marca forte dentro do ramo da construção civil. Seus 20 anos de atuação no mercado imobiliário, com mais de 5736 unidades habitacionais entregues, refletem sua solidez e tradição.

Com o diferencial competitivo que conquista seus clientes com confiança, credibilidade, agilidade e a segurança de que o importante para nós é a realização de seus objetivos.

Sempre visando a melhoria da qualidade de vida das pessoas, cria imóveis com alto padrão e excelentes condições de pagamento, oferecendo soluções para a realização do seu projeto de moradia.
Assim é a Lima Araújo, uma empresa que se preocupa em oferecer os mais belos cenários, para os seus melhores momentos."   (Fonte: site da empresa)
E isto é o capitalismo sem maquilagem:
"Por unanimidade, a Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou (não conheceu) recurso de revista da Construtora Lima Araújo Ltda, proprietária das fazendas Estrela de Alagoas e Estrela de Maceió, e manteve decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA) que condenou a empresa ao pagamento de indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 5 milhões por prática de trabalho escravo em suas propriedades.

O processo é uma ação civil pública do Ministério Público do Trabalho, que inicialmente pediu uma indenização de R$ 85 milhões, e é o maior que trata de trabalho escravo no País. As fazendas estão localizadas em Piçarra, Sul do Pará, e foram alvo de cinco fiscalizações de equipes do grupo móvel do Ministério do Trabalho e Emprego, entre 1998 e 2002, que geraram 55 autos de infração. Entre os cerca de 180 trabalhadores liberados nas propriedades, estavam nove adolescentes e uma criança menor de 14 anos em situação de escravidão.

Ao confirmar a condenação de R$ 5 milhões de indenização por dano moral, o ministro Vieira de Mello Filho, relator do processo na Primeira Turma do TST, destacou que “diversas fiscalizações foram realizadas pela Delegacia Regional do Trabalho no âmbito das empresas reclamadas e, em todas elas, foi constatada a existência de trabalhadores em condições análogas à de escravo”.

Entre as inúmeras infrações cometidas pela empresa, de acordo com o processo, estão: não fornecer água potável; manter empregados em condições subumanas e precárias de alojamento, em barracos de lona e sem instalações sanitárias; não fornecimento de materiais de primeiros socorros; manter empregado com idade inferior a quatorze anos; existência de trabalhadores doentes sem assistência médica; limitação da liberdade para dispor de salários; ausência de normas básicas de segurança e higiene; não efetuar o pagamento dos salários até o quinto dia útil do mês; deixar de conceder o descanso semanal remunerado de 24 horas consecutivas; e venda de equipamentos de proteção individual.

O ministro observou que as Fazendas são reincidentes “na prática de manter trabalhadores em condições análogas à de escravo, visto que tais empresas já foram parte em duas outras ações coletivas e foram condenadas ao pagamento de indenização moral coletiva de R$ 30.000,00”. Assim, a indenização de R$ 5 milhões “é proporcional à reiterada violação perpetrada, dentro da razoabilidade e adequada às peculiaridades das partes e do caso concreto, devendo ser mantida por esta Corte Superior”. Para o relator, o comportamento da empresa é “absolutamente reprovável, atingindo e afrontando diretamente a dignidade e a honra objetiva e subjetiva dos empregados sujeitos a tais condições degradantes de trabalho”.

O julgamento começou no TST no dia 4 deste mês, na Primeira Turma, e foi suspenso devido ao pedido de vista do ministro Walmir Oliveira da Costa. Em seu voto, o ministro foi contrário ao pedido da empresa de redução do valor da condenação. Ele destacou que em ação anterior, a empresa foi condenada em R$ 30 mil, mas o valor não foi suficiente para inibir a sua reincidência. “ Os R$ 5 milhões da indenização imposta pelo TRT do Pará estão dentro da razoabilidade e proporcionalidade, a fim de coibir a conduta ilícita e reiterada”." (Fonte: site do TST)

Um comentário:

Blog do Fraguglia disse...

Primeiro... nenhum sistema politico onde a amoralidade impera funcionara. Agora...certeza que dentro de um sistema socialista/comunista ninguém terá liberdade. O capitalismo eh um sistema econômico e não politico...a China abriu as portas para o capitalismo se não ia piorar mais do que tava, porem, continuam comunistas politicamente, sistema idiota...a Russia não aguentou também...dizer que o capitalismo eh escravidão eh falta de honestidade...pois existem pessoas que pagam bem o seus empregados enquanto o governo socialista paga mal..exemplo de Cuba...e claro..eh sistema escravo pois taxa tudo e todos de forma opressora. Precisa acordar que socialismo eh sociopatia e ponto final. Vejo o capitalismo não soh na IBM, BOSCH, BMW... mas sim no pipoqueiro na porta de Igrejas, Escolas, Estádios e eventos...o pipoqueiro eh o exemplo nobre que ele trabalha e NÃO PRECISA DO ESTADO...ele tem a dignidade que Fidel Castro e Lula não tem...e sim..ele faz dinheiro sim...e se bobiar vive melhor que eu!...o pipoqueiro eh o simbolo da liberdade e da honestidade ao trabalho e a iniciativa própria e não ao controle e opressão estatal.

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