domingo, 23 de maio de 2010

O JORNALISMO QUE ESTÁ À DIREITA DO PODER

Reportagens e editoriais desastrosos motivaram
reações como esta, fazendo a circulação da Folha
cair 5% em 2009, para 295 mil exemplares/dia.


A Folha de S. Paulo trocou seis por meia-dúzia, como era esperado. Mudou o formato da embalagem, a cor do rótulo e o tamanho do conta-gotas. Mas, o produto continua o mesmo: ora placebo, ora veneno.

Cadê um novo Paulo Francis, um novo Osvaldo Peralva, um novo Samuel Wainer, um novo Lourenço Diaféria, um novo Plínio Marcos? Continuam faltando os talentos superiores, talvez porque polêmicos demais para o domesticado produto da indústria cultural que a Folha é hoje.

Houve um tempo em que não ficava muito longe do Pasquim. Hoje está bem próxima da Veja.

Por que não chamar de volta o Alberto Dines, ainda melhor comentarista de imprensa x política do que todos que a Folha tem?

E qual a grande matéria de jornalismo investigativo da edição inaugural da nova reforma do jornal? A mais do mesmo sobre o crack?

No fundo, a única mudança que devolveria à Folha o esplendor de meados da década de 1970 seria a colocação de outro nome na capa, sob o logo do jornal.

Diretor de redação é posição importante demais para ser assumida por um filhinho de patrão. Acontece o que aconteceu:
  • primeiramente ele foi diminuindo os espaços das estrelas jornalísticas que a Folha tinha e detonando o núcleo de repórteres especiais;
  • depois introduziu um ridículo Manual de Redação, para impor rígido controle jornalístico-ideológico à equipe;
  • e, finalmente, vergou o jornal tão à direita que, desequilibrado, desabou, perdendo a credibilidade que nunca tivera antes de Claudio Abramo e foi dilapidando mês a mês sob a batuta de Boris Casoy (reacionário até a medula, mas profissional) e dele, Otavinho (também reaça e nem sequer profissional).


Mais sobre a Folha de S. Paulo e a "ditabranda" está
nestes dois vídeos de uma recente reportagem de TV


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