sábado, 16 de janeiro de 2010

ITÁLIA JÁ SE CONFORMA COM A CONFIRMAÇÃO DO ASILO DE BATTISTI

A notícia da Folha de S. Paulo deste sábado (16) fala por si: Itália negocia condições da permanência da Battisti.

Os perseguidores do escritor já nem se preocupam mais em pressionar o governo brasileiro, pois sabem que será inútil. A decisão soberana que, em seu nome, o ministro da Justiça Tarso Genro tomou há um ano vai ser confirmada.

Agora, os italianos pedem apenas que a derrota não seja apresentada de forma humilhante para eles; e negociam com as nossas autoridades a melhor maneira de se dourar a pílula.

Eis os principais trechos da notícia de Eliana Cantenhêde:
"O governo italiano mandou um recado para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: seria 'agressivo e deselegante' se ele acatasse a sugestão do Ministério da Justiça de fundamentar a não extradição do terrorista Cesare Battisti no temor de que ele ficaria sujeito a 'perseguição política' no seu país.

"Na avaliação italiana, isso seria mal visto pelo governo, pela Justiça e pela opinião pública da Itália...

"Sendo assim, a argumentação de Lula deverá evitar qualquer tipo de ataque ou suspeição sobre três aspectos: a lei, as instituições e o Estado Democrático italianos. Deve, portanto, se concentrar no interesse brasileiro e/ou em 'questões humanitárias'.

"Outro item que já vem negociado entre os governos dos dois países, para reduzir o impacto e os atritos com a não extradição de Battisti, é de ordem prática: o governo italiano pede que o anúncio oficial da decisão não seja feito de um mês antes até um mês depois da visita a Brasília do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, prevista para 18 de fevereiro.

"Isso joga o anúncio para a segunda quinzena de março e sinaliza a disposição de Lula de manter Battisti no Brasil. Se ele quisesse extraditá-lo, o melhor momento para dar 'a boa notícia' ao governo italiano seria imediatamente antes da viagem de Berlusconi ao Brasil.

"O objetivo da exigência, portanto, é evitar que a não extradição provoque constrangimentos em Berlusconi, que seria compelido a reagir e reclamar publicamente da posição de Lula, para atender às pressões de setores internos italianos que exigem a extradição".

6 comentários:

GUERRILHEIROS VIRTU@IS disse...

Oi de novo, Celso. Pesquei este artigo para nosso blog FICA BATTISTI - ... http://ficabattisti.blogspot.com/
QQUER PROBLEMA AVISE.

Saroba & Suzana

Anônimo disse...

Esta calhorda da folha tem a cara de pau de continuar a chamar o escritor de "terrorista", sabendo que não é e nuna foi. Faz isso para indiretamente dizer que "terroristas" como a ministra Dilma, sempre serão "terroristas". LIBERDADE PARA CESARE E VITÓRIA PARA DILMA EM 2010

Saiti - Clique aqui disse...

É o que esperamos, pois o Brasil não é o Haiti, um pais que, por perder sua soberania perante os EUA, chegou ao caos atual

Anônimo disse...

O Lula anuncia quando bem quiser, e anuncia o que ele decidir. Eliane Catanhede mais conhecida como a terrorista da febre amarela não tem credibilidade para nada.Aliás o PIG anda bebendo muita cachaça e falando besteira, essa jornalista vendida tem que se calar também.

Anônimo disse...

Cheguei aqui através do Blog do Onipresente, torço para que o escritor fique aqui e dê sua contribuição ao Brasil, como fizeram muitos artistas, escritores e intelectuais que o Brasil recebeu com carinho

Regina dos Santos

http://blogdoonipresente.blogspot.com/2010/01/folha-admite-battisti-ficara-no-brasil.html

Celso Lungaretti disse...

Companheiros da guerrilha virtual, todos os meus artigos estão disponíveis para publicação, numa boa.

Quanto à Eliena Cantanhêde, temos de distinguir nela a comentarista cujas avaliações costumam ser pra lá de discutíveis e a repórter que recebe muitas informações sigilosas dos altos escalões, geralmente corretas.

É o caso desta, sobre a Itália já se ter curvado à evidência dos fatos. Bate com outras que eu recebi. Tudo indica que seja quente.

O fato de eu não endossar o trabalho dela como comentarista não impede que eu aproveite as informações que ela obtém como repórter, quando são úteis.

Repetindo o velho chavão, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.

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