sexta-feira, 5 de junho de 2015

A DESIGUALDADE AUMENTA EM PROGRESSÃO ARITMÉTICA NO MUNDO E EM PROGRESSÃO GEOMÉTRICA NO BRASIL

O veteraníssimo Clóvis Rossi nos dá conta de que relatórios econômicos recém-divulgados trouxeram informações importantes para entendermos o que realmente ocorre na economia mundial.

No da Union de Banques Swisses (UBS) ficamos sabendo que a renda dos ultrarricos (os 0,004% da população adulta mundial cujos ativos perfazem mais de US$ 30 milhões) cresceu 6,6% ao ano entre 1992 e 2012

Enquanto isto, John Evans, secretário-geral do Comitê Sindical que assessora a OCDE, ("o clubão das economias mais ricas do mundo", segundo o CR), constata:
"Os governos e as instituições internacionais não estão mudando o modelo de negócio que empurra os lucros para cima mas recusa-se a pagar, p. ex., um salário básico de US$ 177 por mês no Camboja ou de US$ 120 em Bangladesh".
E Sharan Burrow, secretária-geral da Confederação Internacional de Sindicatos, repisou o que nós, brasileiros, estamos carecas de saber: 
"A regra para as pessoas que trabalham é a incerteza: renda baixa, empregos precários, com pouca ou nenhuma proteção social, é a realidade para demasiadas famílias".
Falando na patriamada,  o CR, em dia inspirado, desmistificou muitas lorotas oficiais:
"...o Brasil é o décimo país do mundo em número de milionários... Supera (em ricos) países como a Espanha e a Suíça.
...é o segundo país do mundo quando se considera o crescimento na taxa de ricos, entre 2013 e 2014 (só fica atrás da China).
O número de milionários brasileiros cresceu, no período, algo em torno de 350%.
Para comparação: nos Estados Unidos, ainda a maior concentração de ricos e ultrarricos, o crescimento foi de magros 20% aproximadamente.
Estamos falando em anos de estagnação da economia, mas, como se vê pelos dados da UBS, ela não faz nem cócegas nos ricos.
O que é inacreditável é que ainda há gente que acredita que a desigualdade diminuiu no Brasil nos anos de governo do PT. Falso.
Diminuiu, se é que diminuiu mesmo, a diferença entre assalariados, mas não entre a renda do capital e a do trabalho".
Se o quadro brasileiro já é estarrecedor, imaginem como ficará depois que o Joaquim Levy concluir seu arrocho fiscal. Aí os pobres não serão mais pobres, serão párias...

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