domingo, 12 de abril de 2009

ELUCUBRAÇÕES DE UM BLOGUEIRO ACIDENTAL

Os que acompanham há algum tempo minha trajetória, sabem que nunca pretendi ser blogueiro.

Mas, o nosso bom José Milbs resolveu criar blogs para todos os colaboradores de O Rebate (o combativo site-jornal de Macaé/RJ que foi o primeiro a requerer uma colaboração fixa minha) e eu entrei no pacote, em janeiro/2007.

O blogue inicial servia para eu postar os editoriais que escrevia para O Rebate e artigos avulsos que redigia como colunista de O Rebate. Ou seja, geralmente (e tão-somente) um ou dois textos novos por semana; em circunstâncias excepcionais, três.

Eu me dava por satisfeito com esse blogue (Celso Lungaretti - O Rebate) e a reprodução dos meus artigos em vários portais e sites para os quais eu os oferecia.

Mas, em agosto/2008, constatei que perdera alguns espaços por discordância dos responsáveis em relação a posições que eu havia assumido.

Então, já que os espaços alheios me poderiam ser retirados a qualquer momento, resolvi afirmar meu próprio espaço, para ficar imune a qualquer forma de pressão.

Foi quando criei o blog Náufrago da Utopia, com duas novidades:
  • a definição de princípios que adotei, alinhando o novo blog (e, a partir de então, também o antigo) com os ideais revolucionários, a defesa dos direitos humanos e o exercício do pensamento crítico, colocados em pé de igualdade, sem priorizar qualquer desses valores em detrimento do outro;
  • a promessa de postar um texto novo, pelo menos, em cada dia.
Faltava-me, entretanto, conhecimento e perícia com as coisas de informática. E esta parte foi suprida pela minha estimada prima e devotada colaboradora Nádia Stabile. Foi graças a ela que os dois blogs adquiriram o jeitão mais profissional de agora.

Como se tratava de algo novo e inusitado para mim, não tinha a mínima idéia de onde chegaria.

De repente, a partir do episódio "ditabranda", o blog pulou para uma média de 200 visitas diárias, com piques de até 300. Então, parece que a coisa está andando.

A contribuição que tento dar é trazer para a discussão política atual algo da experiência de uma geração que foi muito fundo na luta revolucionária, inovando práticas e conceitos de uma forma tão abrangente que, ouso dizer, nenhuma outra geração a igualou ao longo do século passado.

O legado da geração 68 é alvejado tanto pela direita quanto por parte da esquerda -- indício seguro de que deva mesmo ter sido o último patamar atingido pela revolução e ponto-de-partida para a nova maré revolucionária que, tenho certeza, um dia virá. Os fios da História hão de ser reatados!

Por enquanto, irei fazendo nesta trincheira o que estiver ao meu alcance para que se cumpra a bela profecia de Milton Nascimento, na canção Sentinela: memória não morrerá!

Pelo contrário, pode servir-nos de farol a indicar os caminhos para a construção do futuro sonhado.

4 comentários:

Fernando Soares Campos disse...

Este blog já faz parte dos meus favoritos. Indispensável. Brilhante.

Mário disse...

Leitura obrigatoria e diária além da procura constante por soluções coletivas. Boa Páscoa pra vc e família. Abs. Mário

Anônimo disse...

Saudações, Celso!

Que este espaço cresça como veículo dos ideais revolucionários, que fazem (muita) falta hoje em dia!

Um grande abraço,

Luís Henrique

Anônimo disse...

Só lamento não ter achado esse blog antes. Graças a ele venho arrumando algumas idéias que se encontravam desordenadas em minha mente.

wilson cunha junior

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