segunda-feira, 18 de março de 2024
COM A POMPA E CIRCUNSTÂNCIA DE QUEM DESCOBRIU A PÓLVORA, SAFATLE REPETE O QUE JÁ SABÍAMOS E NÃO APONTA FUTURO
sábado, 16 de março de 2024
A ELEGIBILIDADE DE TRUMP E A NATUREZA DA DEMOCRACIA BURGUESA
Pelo critério da Suprema Corte dos Estados Unidos e de Trump, Al Capone poderia ter sido Presidente dos Estados Unidos.
Tenho me perguntado sobre as razões de grande parte da população prestar apoio a personagens como Donald Trump e Jair Bolsonaro, entre outros que poderiam ser citados, representantes assumidos do que há de mais perverso na relação social sob a égide da forma-valor, com defesas implícitas ou explícitas em suas ações de governo de teses retrógradas, quais sejam:
- genocídio;
- xenofobia nacionalista;
- misoginia;
- racismo supremacista;
- razão da força contra a força da razão expressa em armamentos e despotismo político militarista direto ou indireto;
- concentração, nas mãos de poucos, das riquezas abstrata e material produzidas coletivamente;
- da intransigente e hipócrita defesa do feto quando não defendem a vida de imigrantes desesperados que arriscam a vida em arriscadas travessias, ou grandes contingentes de mortes por desnutrição e falta de assistência médica dos filhos de desempregados mundo afora - como agora em Gaza -, entre outras formas de exclusões sociais, etc., etc., etc.
Se quisesse traduzir em poucas palavras a resposta à minha auto indagação diria que tal comportamento deriva de um fenômeno capitalista conhecido como fetichismo da mercadoria!
As pessoas adoram as mercadorias porque são elas que se constituem, na era do capitalismo hegemônico - não há nenhum país do mundo que não tenha adorado a forma-valor como modo de relação social -, como aquilo que satisfaz as suas necessidades de consumo.
Normalmente não se estabelece a diferença entre o objeto natural, que tem apenas valor de uso e é capaz de satisfazer a necessidade de consumo, e a mercadoria, que tem, concomitantemente, valor de uso e valor de troca, e é aí que reside o problema.
Idolatram o dinheiro, a mercadoria das mercadorias, expressão da abstração forma-valor, a única mercadoria que não tem valor de troca em si, mas é capaz de comprar todas as outras mercadorias.
Idolatram o que desconhecem.
Se se pedir a qualquer transeunte anônimo que dê uma definição do dinheiro, objeto de sua idolatria e ao qual é obrigado à sua obtenção numa busca diária e permanente, quando muito ele poderá dizer - se for alguém com bom nível de escolaridade - que ele é apenas um benéfico facilitador das compras e vendas de mercadorias, ou seja, um mero instrumento, tal como um garfo ou uma colher na hora da refeição.
Se se perguntar algo mais complexo, como e por que de uma cédula de R$ 10,00 comprar dez vezes menos mercadorias que uma cédula do mesmo tamanho de R$ 100,00, ele certamente dirá que é o governo quem assim o determina, e pronto.
As pessoas em geral não entendem que o dinheiro, expressão materializada numericamente da abstração valor, é aquilo que promove e materializa a apropriação indébita pelo capital dele mesmo, num movimento tautológico e sem sentido de autorreprodução cumulativa ad infinitum, e que priva a pessoa assalariada e explorada do acesso integral à riqueza abstrata socialmente e coletivamente produzida, e consequentemente do acesso à riqueza material de que necessita.
Portanto, o dinheiro, objeto sacral na sociedade capitalista, é um pernicioso estranho no ninho.
Fiz essa digressão explicativa sobre o escravista móvel da relação social ao redor do mundo para dizer que, tal como o dinheiro, objeto de idolatria e desconhecimento, há um paralelo com a a crença ingênua nas pessoas que se apresentam como salvadores da pátria do tipo Donald Trump e Jair Bolsonaro, que mais parecem encarnar na vida pública perante os seus eleitores o sonho dos apostadores da loteria almejando ganhar os milhões da mega sena.
O Brasil está eleitoralmente divido entre o ilusionista genocida, a quem chamo de Boçalnaro, o ignaro, e o socialdemocrata Lula, como se fossem projetos antagônicos na essência constitutiva de base primária, quando na realidade não são.
Não nos esqueçamos que sob a égide do capital, Hitler assumiu o poder pelo voto; Vladimir Putin, também, entre tantos outros.
A direita resgata velhos temas liberalistas que nasceram com Adam Smith no século dezoito e vêm sendo reciclados com aparência de algo novo nesta fase de ocaso da lógica do capital, que iludem os conservadores, conscientes ou inconscientes, ávidos por uma volta ao passado que foi menos ruim do que o presente.
A socialdemocracia de centro e de esquerda institucional tenta humanizar o capital nesta mesma fase e sem questionar a sua essência constitutiva predatória e escravista, provocando uma falsa dicotomia entre projetos politicamente diferenciados, mas similares quanto ao modo de produção social adotado, ambos subtrativos pelo capital da riqueza socialmente produzida.
A direita se fortalece com a falta de respostas sociais de projetos de humanização do capital dos seus pretensos antagonistas justamente porque não se pode querer transformar Mefistófeles em Santo.
O desconhecimento da essência da lógica do capital, até por quem se diz marxista, é o que faz muitos bem-intencionados da socialdemocracia e seus membros socialistas mais combativos a proporem soluções como a inexequível taxação dos grandes capitais empresariais, ou a estatização dos meios de produção para que seja o Estado o patrão de todos, entre outras proposições de cunho pretensamente humanistas, como se fosse possível alterar a essência feia de um monstro com intervenções cosméticas.
Assim, o medo de péssimo impele à aceitação do ruim por alguns, e por outros à aceitação de propostas políticas conservadoras e anticivilizatórias, inconscientemente ou não.
Romper com essa camisa de força em face da barbárie mundial e brasileira que se evidencia por conta do anacronismo de um modo de relação social que atingiu o estágio de obsolescência dos seus fundamentos básicos, não é uma tarefa fácil, e nem pode ser operada, como querem muitos, por ideias de harmoniosa convivência político-institucional com os opostos, como forma pretensamente moderna de superação dos problemas sociais.
O resultado de tal tentativa “bem-intencionada” e pela via eleitoral, é que o faz com que figuras como Donald Trump, Jair Bolsonaro e Javier Milei, entre muitos outros mundo afora, se apresentem abertamente com armas em punho e defendam teses nacionalistas, xenófobas, racistas e supremacistas, misóginas, genocidas, elitistas, e recebam considerável apoio desavisados uns, e bem espertos outros.
A nosso favor está a certeza de que se pode viver socialmente em paz, com a contribuição de todos de modo equânime, e sob a égide de um projeto social que busque a justa distribuição da produção social sob uma ordem horizontal de relação social. (por Dalton Rosado)
quinta-feira, 14 de março de 2024
EXTREMA DIREITA É "REVOLUCIONÁRIA", ENQUANTO ESQUERDA BUSCA ADMINISTRAR MASSA FALIDA DO CAPITALISMO
As greves do ABC mobilizavam milhões... |
...já hoje, Lula não quer mobilizar ninguém, só quer votos. |
Enquanto a extrema-direita é "revolucionária"... |
...a esquerda quer administrar a massa falida do capitalismo. |
terça-feira, 12 de março de 2024
ERAM ANARQUISTAS, GRAÇAS A DEUS. É A ELES QUE DEVEMOS A COLÔNIA CECÍLIA – 2
Foi a concretização de um sonho há muito acalentado por Giovanni Rossi, conforme ressaltou a historiadora Izabelle Felici:
"A personagem do fundador da Cecília é indissociável da história da colônia. Toda a sua atividade política gira em torno de um projeto de vida comunitária.
Desde a sua adesão à Internacional, em 1873, aos 18 anos de idade, Giovanni Rossi propôs um projeto de vida comunitária na Polinésia.
Os numerosos artigos que ele apresentou na imprensa italiana, anarquista e socialista, os apelos que ele lançou às associações, federações, partidos, suscetíveis, a seus olhos, de ajudá-lo, tinham todos por objetivo expor seu projeto de comunidade ou, após 1890, apoiar a experiência em curso no Brasil.
Com o mesmo objetivo de propaganda, Rossi funda, além disso, seu próprio jornal, Lo Sperimentale, em 1886. Ele desenvolve igualmente seu projeto de comunidade num romance utópico, Un Comune Socialista, no qual a personagem feminina tem por nome Cecília".
— a contribuição desigual de citadinos e camponeses, pois a produtividade dos primeiros era inferior. Deveriam receber a mesma fração dos frutos do trabalho, conforme os ideais igualitários? Isto não significaria uma espécie de proletarização dos que produziam mais por estarem acostumados a lidar com a terra? De outra parte, se os lavradores fossem melhor aquinhoados do que os outros, não estaria sendo reproduzida a escala de valores da sociedade burguesa? Inexistia uma solução que contentasse a todos;
— a absoluta falta de seriedade do Estado brasileiro, que já era patético décadas antes de De Gaulle o haver constatado. O imperador Pedro II, atendendo a pedido do músico Carlos Gomes, doou as terras para a instalação da Cecília, mas, proclamada a República, o seu ato foi sumariamente revogado e os colonos tiveram de pagar pelas terras com parte de sua colheita e trabalhando sem remuneração em obras do governo;
— a hostilidade dos moradores da região (por sentirem-se prejudicados pela concorrência) e de uma vizinha comunidade polonesa, católica e conservadora;
— as fases de escassez e de fome, com a consequente ocorrência de doenças causadas pela desnutrição (problemas passageiros, que, contudo, reforçaram a tendência ao egoísmo por parte dos menos convictos dos ideais anarquistas, gerando desgastantes divisões); e
— a tentativa do governo de recrutar os colonos (italianos!!!) para combaterem a Revolução Federalista, o que, inclusive, contrariava seus ideais, pois simpatizavam com os revoltosos.
A Cecília chegou a ter 250 moradores e não deixaram de ocorrer defecções em massa, contrabalançadas pela chegada de novas levas de voluntários, atraídos pela divulgação nos círculos libertários europeus.
Particularmente, eu preferiria uma abordagem menos convencional – como, p. ex., a que o cineasta suíço Alain Tanner deu aos ideais de 1968 no seu extraordinário Jonas, que terá 25 anos no ano 2000.
segunda-feira, 11 de março de 2024
ERAM ANARQUISTAS, GRAÇAS A DEUS. É A ELES QUE DEVEMOS A GREVE GERAL DE 1917 – 1
DEZENAS DE OPERÁRIOS, MAS ACABOU VITORIOSA!
Fundado em 1897, o cotonifício Crespi ocupava um enorme quarteirão da zona leste paulistana, tendo se constituído num dos principais marcos da industrialização de São Paulo.
O Crespi chegaria a ter 50 mil m2 construídos |
O livro de Zélia Gattai inspirou minissérie de TV |
Numa conjuntura de guerra, crise econômica e carestia, a inquietação localizada se espalhou. O patronato respondeu com os argumentos de sempre: pau, bala e demissões. Mas, daquela vez, a agressão não funcionou. A revolta se espalhou por outras fábricas e pelo comércio.
Entre 1914 e 1923, o salário havia subido 71% enquanto o custo de vida havia aumentado 189%; isso representava uma queda de dois terços no poder de compra dos salários.
"O trabalho infantil era generalizado" |
Para salário médio de um operário de cerca de 100 mil réis correspondia um consumo básico que para uma família com dois filhos atingia a 207 mil réis. O trabalho infantil era generalizado.
'…a greve geral de 1917 não pode, de maneira alguma, ser equiparada sob qualquer aspecto que seja examinada, com outros movimentos que posteriormente se verificaram como sendo manifestações do operariado. Isso não, absolutamente não!
A greve geral de 1917 foi um movimento espontâneo do proletariado sem a interferência, direta ou indireta, de quem quer que seja. Foi uma manifestação explosiva, consequentemente de um longo período da vida tormentosa que então levava a classe trabalhadora.
A carestia do indispensável à subsistência do povo trabalhador tinha como aliada a insuficiência dos ganhos; a possibilidade normal de legítimas reivindicações de indispensáveis melhorias de situação esbarrava com a sistemática reação policial; as organizações dos trabalhadores eram constantemente assaltadas e impedidas de funcionar; os postos policiais superlotavam-se de operários, cujas residências eram invadidas e devassadas; qualquer tentativa de reunião de trabalhadores provocava a intervenção brutal da Policia.
A reação imperava nas mais odiosas modalidades. O ambiente proletário era de incertezas, de sobressaltos, de angústias. A situação tornava-se insustentável.' [Edgard Leuenroth, em artigo na imprensa]
Foi liderada por elementos de ideologia anarquista, dentre eles vários imigrantes italianos. Os sindicatos por ramos e ofícios, as forças e uniões operárias, as federações porcentuais, e a Confederação Operária Americana (fundada em 1756) sofriam forte influência dos anarquistas.
'O enterro dessa vitima da reação foi uma das mais impressionantes demonstrações populares até então verificadas em São Paulo. Partindo o féretro da rua Caetano Pinto, no Brás, estendeu-se o cortejo, como um oceano humano, por toda a avenida Rangel Pestana até a então Ladeira do Carmo em caminho da cidade, sob um silencio impressionante, que assumiu o aspecto de uma advertência.
Foram percorridas as principais ruas do centro. Debalde a Policia cercava os encontros de ruas. A multidão ia rompendo todos os cordões, prosseguindo sua impetuosa marca até o cemitério. À beira da sepultura revezaram os oradores, em indignadas manifestações de repulsa à reação...
No regresso do cemitério, uma parte da multidão reuniu-se em comício na Praça da Sé; a outra parte desceu para o Brás, até à rua Caetano Pinto, onde, em frente à casa da família do operário assassinado, foi realizado outro comício'. [relato de Edgard Leuenroth, em reportagem publicada pelo jornal Dealbar]
- que sejam postas em liberdade todas as pessoas detidas por motivo de greve;
- que seja respeitado do modo mais absoluto o direito de associação para os trabalhadores;
- que nenhum operário seja dispensado por haver participado ativa e ostensivamente no movimento grevista;
- que seja abolida de fato a exploração do trabalho de menores de 14 anos nas fábricas, oficinas etc.;
- que os trabalhadores com menos de 18 anos não sejam ocupados em trabalhos noturnos;
- que seja abolido o trabalho noturno das mulheres;
- aumento de 35% nos salários inferiores a $5000 e de 25% para os mais elevados;
- que o pagamento dos salários seja efetuado pontualmente, cada 15 dias, e, o mais tardar, 5 dias após o vencimento;
- que seja garantido aos operários trabalho permanente;
- jornada de oito horas e semana inglesa [oito horas diárias de 2ª a 6ª feira e quatro horas nos sábados];
- aumento de 50% em todo o trabalho extraordinário.
'A situação ia se tornando cada vez mais grave com os choques entre a policia e os trabalhadores. O Comitê de Defesa Proletária, somente vencendo toda a sorte de dificuldades conseguia realizar apressadas reuniões em pontos diversos da cidade, às vezes sob a impressão constrangedora do ruido de tiroteios nas imediações.
Tornava-se indispensável um encontro dos trabalhadores, para ser tomada uma resolução decisiva. Surgiu, então, a sugestão de um comício geral. Como e onde? E como vencer os cercos da Policia? Mas a situação, que se desenrolava com a mesma gravidade, exigia a sua realização.
O perigo a que os trabalhadores se iriam expor estava sendo transformado em sangrenta realidade nos ataques da policia em todos os bairros da cidade, deles resultando também vitimas da reação, inúmeros operários, cujo único crime era reclamarem o direito à sobrevivência.
E o comício foi realizado. O Brás, bairro onde tivera inicio o movimento, foi o ponto da cidade mais indicado, tendo como local o vasto recinto do antigo Hipódromo da Mooca.
Foi indescritível o espetáculo que então a população de São Paulo assistiu, preocupada com a gravidade da situação. De todos os pontos da cidade, como verdadeiros caudais humanos, caminhavam as multidões em busca do local que, durante muito tempo, havia servido de passarela para a ostentação de dispendiosas vaidades, justamente neste recanto da cidade de céu habitualmente toldado pela fumaça das fábricas, naquele instante, vazias dos trabalhadores que ali se reuniam para reclamar o seu indiscutível direito a um mais alto teor de vida.
Não cabe aqui a descrição de como se desenrolou aquele comício, considerado como uma das maiores manifestações que a história do proletariado brasileiro registra. Basta dizer que a imensa multidão decidiu que o movimento somente cessaria quando as suas reivindicações, sintetizadas no memorial do Comitê de Defesa Proletária, fossem atendidas.' [notícia na imprensa]
'São Paulo é uma cidade morta: sua população está alarmada, os rostos denotam apreensão e pânico, porque tudo está fechado, sem o menor movimento. Pelas ruas, afora alguns transeuntes apressados, só circulavam veículos militares, requisitados pela Cia. Antártica e demais indústrias, com tropas armadas de fuzis e metralhadoras.
Há ordem de atirar para quem fique parado na rua. Nos bairros fabris do Brás, Moóca, Barra Funda, Lapa, sucederam-se tiroteios com grupos de populares; em certas ruas já começaram fazer barricadas com pedras, madeiras velhas, carroças viradas. A polícia não se atreve a passar por lá, porque dos telhados e cantos partem tiros certeiros.
Os jornais saem cheios de notícias sem comentários quase, mas o que se sabe é sumamente grave, prenunciando dramáticos acontecimentos'. [declarações de Fernando Dannemann]
"Os patrões deram aumento imediato de salário e prometeram estudar as demais exigências" |
'Na primeira reunião foi examinado o memorial das reivindicações dos trabalhadores, apresentado pelo Comitê de Defesa Proletária, que a comissão de jornalistas estava encarregada de levar ao governo do Estado.
A segunda reunião teve o seu inicio retardado, em virtude da prisão de dois dos membros do comitê de Defesa Proletária ao saírem da redação, após a primeira reunião.
Os entendimentos seriam rompidos se esses dois elementos não fossem imediatamente postos em liberdade. Essa resolução foi transmitida ao presidente do Estado. A exigência foi atendida, os elementos levados à redação e a reunião pôde ser realizada com breve duração, pois o governo ainda não havia entregue a sua resolução.
A resolução da concessão das reivindicações dos trabalhadores foi dada por intermédio da Comissão de Jornalistas, com a informação de que já estavam sendo libertados os operários presos durante o movimento. Foram realizados comícios dos trabalhadores em vários bairros para a decisão da retomada do trabalho, que se iniciou no dia imediato.
São Paulo reiniciava suas atividades laboriosas. A cidade retomava o seu aspecto costumeiro, restando, entretanto, a triste lembrança das vitimas que haviam deixado lares enlutados.' [relato de Edgard Leuenroth, em reportagem publicada pelo jornal Dealbar]"
Clássico italiano sobre greve no final do século 19 em Turim: a
tecelagem é quase idêntica ao Crespi que conheci na década de 1960